sábado, 21 de janeiro de 2012

Como FHC, Dilma injeta BNDES na privatização

Como FHC, Dilma injeta BNDES na privatização

Devagarinho, o governo vai convertendo em pantomima o discurso antitucano do PT. Sob Dilma Rousseff, Brasília mimetiza a gestão FHC. Reproduz na prática o que o petismo critica na teoria.
Primeiro, Dilma decidira entregar à iniciativa privada aeroportos que o Estado não consegue gerir. Vão ao martelo as instalações de Brasília, Guarulhos e Campinas.
Agora, Dilma autoriza o bom e velho BNDES a imprimir suas digitais na operação. Em nota, o bancão oficial informou: vai financiar as concessões dos aeroportos em até 80%.
Quer dizer: a exemplo que ocorrera na administração tucana, as privatizações petistas farão escala nas arcas do Estado. O apelido é outro: concessão. O modelo, idêntico.
No total, Campinas exigirá investimentos de R$ 8,71 bilhões. Guarulhos, R$ 4,66 bilhões. Brasília, R$ 2,83 bilhões. Tudo isso com o empurrão dos 80% da Viúva.
Nas pegadas da novidade, o governo anunciou o repasse de novos R$ 10 bilhões ao BNDES. Para prover a verba, o Tesouro foi autorizado a emitir títulos públicos. Com isso, completou-se o repasse de R$ 55 bilhões autorizado no ano passado.
Nos últimos três anos, o Tesouro derramou no BNDES notáveis R$ 235 bilhões. O dinheiro jorra à margem do Orçamento da União, sem a fiscalização do Legislativo.
Sob o discurso histriônico do PT, o governo petista desenvolveu um método eficaz de cooptação. Por baixo, compra o apoio de congressistas com cargos e verbas. Pelo alto, contrata a simpatia da plutocracia com empréstimos companheiros.
Fonte: Blog do Josias de Souza, portal UOL:

NO PAÍS DA CRACOLÂNDIA

NO PAÍS DA CRACOLÂNDIA
           Ruy Fabiano é jornalista
São assassinados por ano no Brasil, segundo o Ministério da Justiça, nada menos que 50 mil pessoas, média de 136 por dia, índice de guerra civil. São vítimas, em sua quase totalidade, do crime organizado, que tem no tráfico de drogas o seu epicentro.
Na guerra do Iraque, a média diária era de 35 homicídios de civis por dia, segundo dados divulgados pela ONU ao final do conflito. Os dados brasileiros são de 2010, e não são isolados: a média aterradora prevalece há alguns anos.
Mais espantoso que o fato em si, é a indiferença com que é visto e tratado no meio político. Em qualquer país que se preza, essa seria a prioridade das prioridades, sobretudo se considerar que a maioria das vítimas é de jovens e pobres, e os partidos, sem exceção, proclamam-se paladinos na luta contra a injustiça social.
Há dias, o partido do governo, o PT, bradou contra a invasão da Cracolândia pela polícia de São Paulo, um espaço urbano em que o vício suicida do crack era exercido a céu aberto. Uns bradaram contra a intromissão da polícia; outros a atribuíram a propósito eleitoral. Que fosse: nesse caso, as eleições estariam servindo para alguma coisa, além de cenário para demagogia.
Paralelamente aos eventos na Cracolândia, duas notícias, publicadas sem maior destaque – pior: sem que se articulassem, já que frutos da mesma árvore -, induzem a uma reflexão preocupante sobre o país em que, num passado não tão distante, a palavra craque evocava coisa bem distinta.
Uma delas é que o auxílio-reclusão – conhecido também como bolsa-bandido, que o governo concede à família dos que cumprem pena -, criado pela Constituição de 1988, foi reajustado para R$ 915,01. O salario mínimo, pago ao trabalhador honesto, é de R$ 622 – e reajustá-lo é sempre uma epopeia. Já a bolsa-bandido, não: é reajustada automaticamente.
O que aí está implícito – ou antes explícito – é que, no Brasil dos pobres, vale mais a pena estar preso que solto.
Além de mais seguro, é mais lucrativo. Não se acuse o atual governo por isso; o absurdo vem de longe. A Constituição completa este ano 24 anos. Num país civilizado, o preso trabalha e sustenta atrás das grades sua família. Aqui, o ócio degenerativo o degrada ainda mais – e é remunerado pelo contribuinte.
Nenhum dos governos pós-constituinte mexeu nesse tema; nenhum partido ocupou-se em momento algum do assunto. E a mortandade segue firme, configurando um quadro patético e emblemático.
Outro tema noticiado, e que deve ganhar destaque na ocasião em que o Supremo Tribunal Federal o apreciar, ainda este ano, é o da descriminalização da maconha. O julgamento está na pauta em face de decisão tomada em dezembro passado, provocada por questionamento da Defensoria Pública de São Paulo.
Diversas ONGs, entre as quais a influente Viva Rio, já se manifestaram favoráveis à liberação, que tem o apoio de gente de peso, como o ex-ministro da Justiça de Lula, Márcio Thomaz Bastos, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

É improvável que o STF, que liberou as passeatas em defesa do consumo da maconha - e tem mostrado sintonia com a agenda comportamental em curso – se oponha.
Pela dimensão do tema, a pergunta inevitável é: e a opinião pública? Não será ouvida? Recente pesquisa, coordenada pelo cientista social Antonio Lavareda, por encomenda da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), junto à classe C – a que mais sofre os efeitos diretos da criminalidade -, nada menos que 90% se opõem à liberação das drogas.
O Congresso Nacional, que em tese representa essas pessoas, está alheio ao tema, que, num país em que as drogas produzem mortandade de guerra civil, deveria encabeçar sua pauta de debates. Raramente o aborda e, quando o faz, não gera nenhum efeito concreto.
A descriminalização, na contramão do que pensa a maioria da sociedade, será decidido em âmbito restrito e inadequado, o STF, que cada vez mais absorve funções legislativas. Em tal contexto, como estranhar os protestos em defesa da Cracolândia – ou mesmo a própria Cracolândia?
Fonte: Blog do Ricardo Nobrat, jornal O Globo

PESQUISAS: OS 2002 ENCANTADOS

PESQUISAS: OS 2002 ENCANTADOS
FALA SÉRIO, VOCÉ ACREDITA QUE OS 2.002 ELEITORES CONSULTADOS NAS PESQUISAS DO IBOPE PODEM REPRESENTAR 135 MILHÕES DE ELEITORTES:  (64.882.283 MULHERES e 60.853.563 HOMENS), aptos a votarem em 03 de outubro próximo?

Como uma amostra que não chega a 20 milionésimos do universo dos eleitores pode retratar adequadamente?
MAS CADA PESQUISA PASSA A SER UM DOGMA INQUESTIONÁVEL E É  REPETIDA À EXAUSTÃO POR TODA A MÍDIA COMO MANTRA, UMA VERDADE ABSOLUTA.
NINGUÉM QUESTIONA, PORQUE O GOVERNA GASTA MAIS DE UM BILHÃO DE REAIS EM PROPAGANDA...

Em 27/08/10, a COLUNA DO CLÁUDIO     HUMBERTO já levantava a suspeita:
Institutos agora omitem locais pesquisados
Institutos de pesquisas eleitorais deixaram de observar a exigência legal – quando as registram no Tribunal Superior Eleitoral – de apontar onde realizam o levantamento e o número de eleitores entrevistados em cada cidade. Estes dados são fundamentais para a credibilidade da pesquisa. “O que temos é o que está no relatório registrado no TSE”, desdenhou o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, ao ser interpelado.


                    Coincidência
A omissão dos detalhes das pesquisas coincide com o crescimento espetacular de Dilma Rousseff no Ibope, Datafolha, Vox e Sensus.
Vejam, por exemplo, a última pesquisa do IBOPE:
O governo foi bem na área da saúde?
Dos brasileiros ouvidos pelo Ibope na última pesquisa de 2011, (2.002 foram consultados) 67% responderam que não.
Foi mal também nas áreas de impostos (66%), segurança (60%), juros (56%) e combate à inflação (52%). A aprovação de Dilma, contudo, aumentou para 72%.
A presidente pode ir bem e seu governo não? Pode.
Dilma foi eleita porque era “a mulher de Lula”. E ainda é.
Neste começo de ano já se soube que o programa de segurança, chamado Pronasci, fracassou e precisa cortar metade dos investimentos, que seriam de R$ 2 bilhões. Da mesma forma, dados de 2011 indicam que não houve avanços no campo do saneamento básico, mas um pequeno retrocesso: continuamos com 45% das casas sem essa estrutura elementar. Dilma apresentou-se na eleição como a mãe do PAC. Diante dessa nova situação, o melhor é ser apenas Mãe Dilma, dessas que tiram mau-olhado e trazem de volta em 48 horas a pessoa amada. Ao optar pela blindagem, o governo não só fechou o corpo de seus ministros, mas recuou o processo democrático para o universo da magia”, diz o Dep. Fernando Gabeira.

ASSEMBLÉIA GERAL CONSTITUINTE EXCLUSIVA EM 2014

ASSEMBLÉIA GERAL CONSTITUINTE
        EXCLUSIVA EM 2014

"É ingenuidade pedir a quem tem poder para mudar o poder" Giordano Bruno
                                        
                 Protocolaram no Senado “uma proposta de emenda constitucional para eleger em 2014 uma Assembléia Nacional Constituinte.” Os eleitos seriam “constituintes exclusivos”. Iriam ao Congresso com a missão de revisar, num prazo de dois anos, todo o texto da Constituição de 1988.
        
                         A Nova Carta Magna seria submetida a um referendo e a Assembléia Constituinte seria dissolvida e seus membros proibidos de concorrer  a cargos eletivos nas eleições seguintes, único jeito de se implantar o Parlamentarismo e aprovação das reformas imprescindíveis, como as políticas, fiscal, tributária, trabalhista e sindical, o que propiciará a execução de projeto ambicioso de “engenharia social” no Brasil, preservando-se do Estado Democrático de Direito. É um desafio neste mundo conturbado e preso à síndrome do medo, mas necessárias e desejadas a fim de se conseguir as mudanças profundas que dêem outro rumo ao Brasil, no interesse das maiorias sempre marginalizadas e excluídas.

                        A “Constituição Cidadã” de 1988, que já sofreu 67 emendas, foi elaborada para vigorar num regime parlamentarista e mesmo assim seu texto foi aproveitado para o presidencialismo. Pouco se fala em seu texto de deveres, mas está recheada de direitos. O então presidente José Sarney comentou: “está constituição deixará o Brasil ingovernável” E constituição de 1988 virou uma colcha de retalhos com dezenas PEC – Projetos de Emenda Constitucional aprovada para que o Brasil se tornasse governável. Os mesmos parlamentares que a redigiram candidataram-se no pleito seguinte de 1989 e 60% deles não se reelegeram e o Senhor Constituinte, Dep. Ulysses Guimarães, ficou em sétimo lugar como candidato a presidente da república.

                     O Brasil já teve oito textos constitucionais, incluindo-se os de 1967 e 1969 do Regime Militar, mas  nunca teve uma genuína Assembleia Nacional Constituinte, diz Mauro Santayna em seu artigo no Jornal do Brasil de 26/06/09. A primeira, de 1823, que o imperador dissolveria, fora escolhida entre as reduzidas elites rurais e os comerciantes das cidades portuárias. A Constituição de 1824, outorgada pelo imperador, ainda que se identificasse como liberal, determinava que só podiam ser cidadãos e eleitores os que tivessem determinados níveis de renda por ano. Os pobres, que viviam do trabalho manual, não se faziam representar, e continuaram não se fazendo representar depois da Proclamação da República, que acabou com o voto censitário, mas manteve fora da cidadania as mulheres e os analfabetos. O Congresso Constituinte, convocado por Deodoro, não mudou a natureza social da classe dirigente. Os republicanos eram republicanos, mas nem tanto: a maioria dos escolhidos provinha das mesmas oligarquias que sustentavam o Império. Além disso, as eleições posteriores, a bico de pena, só ratificavam o poder dos senhores do campo, que dominavam o sistema, associados aos comerciantes e industriais. Como sustentáculos dessa ordem de domínio agiam, de um lado, os militares e, do outro, os advogados. Associadas, a espada e a lei mantiveram o regime.

                         Os parlamentares eram quase todos bacharéis, e, em número bem menor, médicos e engenheiros A Revolução de 30 foi necessária, mas a situação internacional não permitiu que a plataforma democrática da Aliança Liberal se cumprisse na Carta de 1934, pervertida pelo corporativismo de inspiração italiana. Da Constituição totalitária redigida por Francisco Campos, em 1937, não há o que comentar. A Assembleia Constituinte de 1945 se reuniu sob a remanescente influência do Estado Novo, e manteve a hegemonia do poder central. Depois da Constituição de 1946, perdemos a oportunidade de convocar assembleia originária e exclusiva, a fim de elaborar a Carta de 1988. Antes tivemos as constituições impostas pelo Regime Militar. “Recorrer à soberania do povo, com uma Assembleia Constituinte exclusiva, que se dissolva depois de cumprida a tarefa, é a nossa única esperança a fim de retornar ao início da vida republicana, e fundar, finalmente, a República necessária. O nosso futuro continua no passado”, conclui Mauro Santayana.


                    TEMA POLÊMICO
Constituinte e ruptura
Ruy Fabiano é jornalista
A constituinte revisora, proposta pelo PSD – e já defendida anteriormente por partidos do governo e da oposição -, enfrenta dois tipos distintos de contestação: política e jurídica.
A política é volátil e casuística: o temor de não dominá-la, de ter o adversário como maioria. Daí o PT tê-la combatido e, posteriormente, proposto. Idem a oposição.
A jurídica tem como epicentro o princípio de que constituinte só se justifica se houver ruptura da ordem constitucional (golpe de Estado ou revolução). É a que importa avaliar aqui, já que a contestação política não tem cabimento ético.
Entre as formas de ruptura clássica, o Brasil pós-constituinte concebeu a sua: nem golpe, nem revolução, mas o esgarçamento lento e gradual do tecido constitucional.
Desde a promulgação, em 1988, já são 67 emendas ao texto original, havendo ainda mais de duas centenas de propostas de emendas em tramitação no Congresso e cerca de mil ações diretas de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.
No dia seguinte à sua promulgação, o então presidente da República, José Sarney, considerou-a fator de ingovernabilidade. Os presidentes que se lhe seguiram, incluindo Lula, se elegeram prometendo reformá-la. Desde então, instalou-se no país o espírito reformista compulsivo. Só que ao sabor de cada governante, que puxava a brasa para sua sardinha ideológica.

Agora, só uma Constituinte

Este é o título de um artigo escrito em 2006 e ressuscitado por causa da proposta do PSD

30 de Setembro de 2011  

Hélio Doyle

Do novo PSD, quem diria, vem a proposta de se convocar uma assembleia constituinte exclusiva para votar um novo pacto federativo e as reformas política, tributária, administrativa, trabalhista e previdenciária. A defesa de uma constituinte, na América Latina, é associada à esquerda, mais especificamente ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que com ela conseguiu derrotar a direita e reforçar seus poderes. Os liberais e a direita no Brasil reagem quando se fala nisso como se fosse o prelúdio de uma ditadura de esquerda.
Mas o PSD não é de esquerda – nem de direita, como faz questão de frisar o prefeito Gilberto Kassab – e por isso a proposta ganha outra conotação. Inclusive o fato de ter sido detalhada pela senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura e líder do agronegócio no Congresso, desperta suspeitas pelo outro lado: uma articulação de centro-direita para mudar a Constituição segundo seus desejos.
A constituinte que o PSD propõe seria eleita mediante listas fechadas apresentadas pelos partidos, tendo metade dos membros do Congresso (297). Isso coloca em questão um ponto fundamental: se a constituinte é necessária porque o Congresso Nacional nada decide, de que adiantaria ter um minicongresso com representantes indicados pelos partidos?
De qualquer maneira, seja qual for a intenção, é uma discussão importante e atual, diante do quadro vivido pelo país: nada se muda, porque os políticos e os magistrados não querem que mude. Abundam exemplos e demonstrações disso.
Há cinco anos, em 2006, escrevi para o Correio Braziliense um artigo sobre o tema. Fui relê-lo e constatei que ainda é bem atual. Nele, defendo a convocação de uma constituinte exclusiva, mas com a possibilidade de serem eleitas pessoas não filiadas a partidos políticos e, de preferência, que se comprometessem a não disputar eleições seguintes.
Na época, achava que a situação era crítica. Mas hoje está muito pior.
O artigo de 2006:
“Caixa dois nas eleições, mensalões e mensalinhos, compra de votos nas casas legislativas, nomeações políticas para atender interesses privados e partidários. Todos os que acompanham a política brasileira sabem que essas práticas não são novas e existem há muitos anos. Todos sabem também que não são privilégio de um ou outro partido, são generalizadas. E não são apenas federais, são também estaduais e municipais.
Quem acompanha a política brasileira de perto acha graça vendo alguns políticos não atingidos pelas mais recentes denúncias e acusações posarem de vestais e padrões de honestidade. Chegam mesmo a participar de manifestações públicas contra a corrupção, dão entrevistas na televisão... Como se nunca tivessem recorrido ao caixa 2. No mínimo.
Essas constatações óbvias em nada reduzem a responsabilidade dos envolvidos nas denúncias de corrupção. O que se esperava era que tudo fosse apurado e os culpados fossem punidos. Mas não é o que será feito. Nem tudo será apurado, nem todos os culpados serão punidos, como já se vê. Apenas algumas coisas serão apuradas, apenas alguns serão punidos.
Por isso, o mais importante é que essa crise contribua para que a sociedade reflita sobre como reduzir drasticamente – já que acabar é impossível – as possibilidades de manter os esquemas de corrupção, provocados ou não pelas disputas político-eleitorais. Essa reflexão tem acontecido e são muitas as manifestações, de pessoas e instituições, a esse respeito.
Mas essa reflexão tem de ser seguida de ações concretas. O que significa fazer mudanças profundas: na Constituição, na legislação, nas normas e nos comportamentos. Sem ampliar o âmbito dessas mudanças e sem aprofundá-las, passaremos esse momento de tensão e, com o tempo, tudo voltará a ser como antes.
Não basta, portanto, fazer algumas maquiagens, mudanças superficiais, reformas ligeiras. É preciso mexer no sistema eleitoral, na legislação sobre os partidos, nas normas para preenchimento de funções públicas, no funcionamento do Congresso Nacional e do Judiciário, nas relações federativas, nas leis penais, no sistema tributário (o que é a sonegação senão uma forma de corrupção?). Mexer no que for preciso mexer para que o País se renove.
As condições objetivas para fazer isso existem: nunca as instituições políticas e de governo estiveram tão desprestigiadas. Nunca os parlamentares e os políticos foram tão atacados e malvistos. Momentos assim incentivam situações de caos, golpes de estado, revoltas e revoluções. Não é à toa que têm surgido palavras de ordem pelo voto nulo. O “que se vayan todos!” dos vizinhos hispânicos encontra a versão brasileira “fora todos!”
Não há no País, porém, condições para golpes ou revoluções e a simples rejeição à política e aos políticos a nada levará se não for acompanhada de uma alternativa real para mudar o quadro.
A solução tem de ser institucional, mas o Congresso Nacional não é capaz de discutir e muito menos realizar essas mudanças, como tem demonstrado. Os atuais congressistas, em que pese a generalização, não têm hoje legitimidade, credibilidade ou respeitabilidade para isso.
Na percepção popular, a maioria do Congresso não age movida pelo interesse público. Há inúmeros exemplos para mostrar que boa parte de nossos congressistas defende seus interesses próprios e dos negócios que representam, dos grupos econômicos que patrocinam suas eleições.
Se depender do Congresso, nada muda. Por isso, as mudanças que precisam ser feitas só terão legitimidade se discutidas e aprovadas por uma Assembléia Constituinte. E obviamente essa constituinte não pode ser, como a de 1987-88, composta pelos deputados e senadores, que votam olhando para suas possibilidades de reeleição e o próprio futuro político, e não pensando nos interesses do País.
O momento exige uma Assembléia Constituinte soberana e exclusiva, integrada por representantes eleitos pela população independentemente de partidos, ou seja, sem necessidade de filiação partidária. O ideal mesmo seria que os eleitos para essa Constituinte tivessem de se comprometer a não disputar cargos eletivos por um bom período.
Há, claro, muitos problemas para efetivar essa Constituinte. O principal é a convocação, pois a maioria do Congresso Nacional, agora ou em 2007, não será simpática a essa idéia. Mas havendo vontade política do governo federal, atual ou futuro, e uma forte reivindicação da sociedade, ficará mais difícil aos congressistas rejeitar a convocação. Depois, os demais problemas serão resolvidos. As dificuldades políticas e operativas não podem ser pretexto para deixar de lado a solução.
Uma Assembléia Constituinte soberana e exclusiva, realmente sintonizada com a população e com a diversidade dos interesses legítimos da sociedade, pode fazer um grande trabalho em muito pouco tempo. E assim essa crise terá gerado uma grande oportunidade para o Brasil.”
DORA KRAMER, EM  29/09/11
A formação de uma Assembléia Constituinte revisora a ser eleita em 2014 sob o nome de “Câmara Revisional exclusiva” que trabalharia por dois anos.
A justificativa genericamente óbvia: considerando que a Constituição de 1988 já recebeu 73 emendas e se encontra em constante processo de revisão, que se eleja uma assembleia para fazer de uma vez todas as modificações necessárias - preservadas as atuais cláusulas pétreas - a fim de se chegar a um texto “constitucional garantidor dos princípios gerais basilares que não cometa o equívoco de querer constitucionalizar a vida das pessoas”.
O objetivo é nebuloso. Para que mesmo uma Constituinte neste momento? Não houve ruptura da ordem institucional nem alteração de regime como o que justificou a Constituinte na passagem do regime totalitário para a democracia, na década dos 80.
Qual o sentido de ter dois Congressos funcionando paralelamente por dois anos se não estamos dando conta de assegurar o funcionamento de um só dentro do parâmetro fundamental da República que é a independência dos Poderes?
Se de boa-fé, o PSD fez uma proposta inócua, apenas para criar um fato de repercussão no ato de sua fundação.
Se não na posse de intenções transparentes, o PSD propõe a abertura de um caminho mais fácil para que os donos do poder façam alterações institucionais que lhes interessam e não conseguem fazer no Congresso por causa da exigência do quórum de três quintos.
O PSD tem todo o direito de não se dispor à discussão de fundo sobre o que realmente anda mal, mas não pode esperar aplausos quando se presta ao patrocínio de atalhos erráticos.
                                               ***
Somente 35 deputados, dos 513, se elegeram com votação própria. Por conta das coligações, o eleitor votava em seu candidato e elegia outro.
Senadores biônicos, compram os mandatos financiando o titular que logo é nomeado para outro cargo e assim chega ao Senado da República sem um único voto.


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PESQUISADOR DA UFES BRILHA NA Conferência Internacional de Biosinais e Biorobótica

PESQUISADOR  DA UFES BRILHA NA Conferência Internacional de Biosinais e Biorobótica

Realizou-se de 09 a 11 de Janeiro de 2012, em Manaus-AM, a Conferência Internacional de Biosinais e Biorobótica.

Foram apresentados, com brilhantismo, pelo Pesquisador Prof. Dr. Teodiano Freire Bastos Filho, Engenheiro Eletricista, com doutorado em Física Aplicada III, Robótica, do Centro Tecnológico da UFES – Universidade Federal do Espírito Santo, os resultados dos seguintes Projetos de Pesquisas realizadas:

1)          Prótese Mioelétrica Multisensorial de Membro Superior

2)          Cadeira de Rodas Robótica Comandada por Piscadas de Olhos, Movimento do Globo Ocular, Movimento de Cabeça e Sinais Cerebrais, com patente internacional já requerida.

3)          Processamento de Sinais Cerebrais como Ajuda ao Diagnóstico da Doença de Azheimer

4)          Andador Robótico para Ajuda à Mobilidade de Pessoas Idosas ou com Deficiência

5)          Processamento de Imagens como Ajuda à Repetição de Exercícios de Fisioterapia

6)          Sistema de Avaliação Biomecânica e Bioelétrica de Movimentos Humanos

7) Detecção de Estado de Consciência Baseado em Sinais Cerebrais.

Nessas pesquisas também participam da equipe  Neurologistas e Cardiologistas. O Prof. Teodiano Filho passará um ano em Melbourne, Austrália, onde fará novo pós-doutorado na área de Biosinais e Biorobótica.

                                       ***
O portal IG, em reportagem de 29/11/11 dá notícia do avanço nas pesquisas, como segue:

Alzheimer, Técnica de estimulação do cérebro pode reverter
“Acreditava-se que o encolhimento do cérebro, a deterioração de suas funções e a perda de memória associados ao Mal de Alzheimer eram irreversíveis. A equipe da Universidade de Toronto, no entanto, está usando uma técnica conhecida como Estimulação Cerebral Profunda, que envolve a aplicação de eletricidade em certas regiões do cérebro.
Em dois pacientes, o processo esperado de deterioração da área do cérebro associada à memória não apenas foi revertido como também voltou a crescer. As conclusões do estudo foram anunciadas durante uma conferência da Society for Neuroscience em Washington, nos Estados Unidos, em novembro, mas ainda não foram publicadas.

A Estimulação Cerebral Profunda vem sendo usada em milhares de pacientes com Mal de Parkinson e, mais recentemente, Síndrome de Tourette e depressão. No entanto, não se sabe ainda com precisão como a técnica funciona.
O procedimento é feito sob anestesia local. Um exame de ressonância magnética identifica o alvo dentro do cérebro. A cabeça é mantida em uma posição fixa, uma pequena região do cérebro é exposta e eletrodos são posicionados próximo à região do cérebro a ser estimulada. Os eletrodos são conectados a uma bateria que é implantada sob a pele perto da clavícula.

Comentando o novo estudo, o professor John Stein, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, disse: "A maioria das pessoas diria que não sabemos por que isso funciona". A teoria de Stein é que, no Mal de Parkinson, células do cérebro ficam presas em um padrão de descargas elétricas seguidas por silêncios e, depois, novas descargas.
A estimulação contínua e em alta frequência perturbaria esse ritmo, sugere o especialista. Ele admite, no entanto, que "nem todo mundo aceitaria essa descrição".

                          Mistério
Sabe-se ainda menos sobre que papel a estimulação do cérebro poderia ter sobre o Mal de Alzheimer. Na doença, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher. Nela funciona o centro de memória, convertendo memória de curto prazo em memória de longo prazo.
Danos a essa região produzem alguns dos primeiros sintomas do Mal de Alzheimer: perda de memória e desorientação. Nos estágios finais da condição, células morreram ou estão morrendo em todo o cérebro.

O estudo canadense envolveu seis pacientes com a condição. A estimulação foi aplicada ao fórnix, a parte do cérebro que leva mensagens ao hipocampo.
1.      O chefe do estudo, Andres Lozano, disse que o grau esperado de encolhimento do hipocampo em pacientes com Alzheimer é em média 5% ao ano. Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento de 5% e, outro, 8%. "Quão importantes são esses 8%? Imensamente importantes. Nunca vimos o hipocampo crescer em (pacientes com) Alzheimer em nenhuma circunstância", disse Lozano à BBC. "Foi uma descoberta incrível para nós. Esta é a primeira vez que se demonstra que a estimulação do cérebro em um ser humano faz crescer uma área do seu cérebro."

Em relação aos sintomas, o especialista disse: "Um dos pacientes está melhor após um ano de estimulação do que quando começou, então seu Alzheimer foi revertido, digamos assim".
Lozano disse que experimentos feitos em animais demonstraram que esse tipo de estimulação pode criar mais células nervosas. Stein disse estar "muito animado" com os primeiros resultados, mas o fator crítico seria poder demonstrar "se suas memórias melhoraram".

Milhares de pacientes com Mal de Parkinson já foram tratados com Estimulação Cerebral Profunda. A médica Marie Janson, da entidade beneficente britânica Alzheimer's Research UK, disse que seria significativo se o encolhimento do cérebro pudesse ser revertido. "Se você pudesse retardar o começo do Alzheimer por cinco anos, você cortaria pela metade o número de pessoas afetadas".
Para testar se a técnica está realmente funcionando e se assegurar de que o resultado obtido não foi um simples acaso, a equipe canadense vai fazer uma pesquisa maior.
"Uma palavra de cautela é apropriada, isto é apenas o princípio e um número muito pequeno de pacientes está envolvido".
Em abril, os pesquisadores pretendem inscrever cerca de 50 pacientes com grau médio de Alzheimer. Todos terão eletrodos implantados, mas apenas metade terá os aparelhos ligados. A equipe vai comparar os hipocampos dos dois grupos para verificar se existem diferenças.

Eles estão estudando especificamente pacientes com graus leves de Alzheimer porque dos seis pacientes estudados, apenas os dois que tinham sintomas leves melhoraram. Uma teoria que estão considerando é que após um certo grau de danos, pacientes atingem um ponto a partir do qual não existe retorno”.
O texto está publicado no blog: ongcepa-es.blogspot.com

domingo, 15 de janeiro de 2012

BRASIL, GUERRA CIVIL INVISÍVEL

Guerra civil invisível
Ruy Fabiano é jornalista
Em oito anos, oito meses e 26 dias, a guerra do Iraque matou entre 104 mil e 113 mil civis, segundo números oficiais, publicados pela Folha de S. Paulo. No espaço de um único ano, 2010, o Brasil registrou, segundo o recém-divulgado Mapa da Violência, do Ministério da Justiça, 49 mil e 932 homicídios.
Uma operação aritmética elementar dá a dimensão da tragédia brasileira. O período que abrange a guerra do Iraque corresponde a 3 mil e 186 dias. Considerando-se a estimativa maior de 113 mil mortos no período, tem-se a média de 35,5 homicídios por dia. Números, frise-se, de uma guerra.
Peguem-se agora os números brasileiros no prazo de um único ano e faça-se a mesma operação. O resultado é aterrador: 136,8 homicídios por dia – mais de quatro vezes a média iraquiana.
Não há possivelmente nenhuma situação análoga no planeta, nem no Afeganistão, Sudão ou Somália, países que vivem conflitos internos e externos crônicos. Como é possível tal aberração num país como o Brasil, que não está oficialmente em guerra?
Não obstante a gravidade do quadro, ele não consta da agenda política nem do governo, nem dos partidos. É como se não existisse. Sabe-se que a maioria esmagadora das mortes é de jovens com menos de 30 anos, e decorre da ação do crime organizado, que tem no tráfico de drogas o seu epicentro.
Que outro problema pode se sobrepor a esse? Nele, estão embutidas todas as carências sociais brasileiras: educação, saúde, drogas, segurança etc. Esses temas, no entanto, quando abordados, não se articulam com essa consequência maior que deles decorre. São vistos como questões isoladas, tratadas burocraticamente. E, no entanto, são indissociáveis.
O combate às drogas no Brasil é fictício. Dá-se no varejo; finge-se que não existe o atacado. Sabe-se que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) constituem um poderoso cartel narcotraficante, que domina há anos o mercado brasileiro.
É uma organização criminosa, que vive dos resgates que obtém com o sequestro de cidadãos inocentes e com o tráfico de drogas. De quebra, mantêm na selva um campo de concentração, com mais de oito mil prisioneiros.
E não é de hoje. As Farc surgiram em 1964, como guerrilha política, de índole marxista-leninista. A partir dos anos 80, derivaram para ações criminosas e mantêm estreitas relações, já comprovadas pela Polícia Federal brasileira, com organizações como Comando Vermelho e PCC. Trocam drogas por armas.
Mesmo com esse status abominável, mundialmente reconhecido, mantêm relações amistosas com as forças políticas hegemônicas no país. Em 1990, ao criar o Foro de São Paulo, que teve como seu primeiro presidente Lula e presidente de honra Fidel Castro, o PT convidou as Farc a integrá-lo.
Reconheceu assim a legitimidade do papel político que exerce – e tem reiterado essa convicção. Jamais houve uma condenação formal da diplomacia brasileira às Farc. Ao contrário.
Marco Aurélio Garcia, que foi assessor especial de Lula para assuntos internacionais – uma espécie de chanceler informal -, se negou a considerar as Farc terroristas, não obstante sua prática de sequestro e assassinatos, inclusive, e sobretudo, de gente alheia à luta política na Colômbia. Já naquela época, as Farc praticavam sequestros e tráfico de drogas.
E há muitas outras evidências dessa estreita relação: o governo Lula deu refúgio político ao narcoguerrilheiro Olivério Medina, um dos cabeças das Farc, e requisitou sua mulher, Angela Slongo para trabalhar na Casa Civil da Presidência da República, então comandada pela hoje presidente Dilma Roussef.
Na campanha eleitoral do ano passado, José Serra acusou o governo da Bolívia de negligente com o tráfico de cocaína, para cuja melhor operacionalidade estava construindo uma rodovia na fronteira com o Brasil, financiada pelo BNDES. Nada menos. Governo e PT saíram em campo em defesa da Bolívia.
Os números não mentem. Trava-se uma guerra civil sem causa no Brasil, cujos efeitos não se esgotam na mortandade dos conflitos entre traficantes e polícia e entre as próprias quadrilhas.
Comprometem o patrimônio maior de qualquer país, que é sua juventude, destinatária do produto final do conflito: as drogas.

Brasil e México dominam lista de cidades mais violentas do mundo, diz ONG

Ranking feito por organização mexicana indica que das 50 cidades mais violentas, 14 estão no Brasil, 12 no México e 5 na Colômbia

As outras cidades brasileiras que aparecem na lista são: Belém (78 homicídios a cada 100 mil habitantes), Vitória (67), Salvador (56), Manaus (51), São Luís (50), João Pessoa (48), Cuiabá (48), Recife (48), Macapá (45), Fortaleza (43), Curitiba (38), Goiânia (37) e Belo Horizonte (34).
Leia nesse blog o texto: BRASIL, CAMPEÃO MUNDIAL DE HOMICÍDIO
  

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FAMÍLIAS ENDIVIDADAS: ARMADILHA DO CRÉDITO

FAMÍLIAS ENDIVIDADAS:
ARMADILHA DO CRÉDITO

                                      “Crédito é igual a quinino; em pequenas quantidades, cura. Em grandes, mata”

Não é ser pessimista, mas os números do endividamento das famílias brasileiros é muito preocupante; é uma bomba-relógio. O total de endividados no país cresce 47% em dois anos, diz o Banco Central.  O senador Mão Santo da tribuna do Senado denuncia os suicídios de velhinhos no Piauí por conta das dívidas consignadas em suas aposentadorias. Até 90 meses de prazo estão dando para se comprar automóveis. É uma loucura.
Quem mandou?
Atraídos pelo crédito farto e pelo incentivo do ex-presidente Lula para comprar mais e “ter o seu carrinho” e “comprem, comprem”hoje 47,8% dos brasileiros estão endividados, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Em Vitória/ES, por exemplo, estão tomando 187 carros por dia por prestações atrasadas. Muitos entregam o carro e ficam devendo 70% de seu valor.

Já o programa Minha Casa minha Vida, vejam como se parece com o esquema do Banco Nacional da Habitação (BNH), que foi criado pelo Regime Militar e que faliu. Foi um banco público voltado ao financiamento e à produção de empreendimentos imobiliários. O BNH foi criado em 1964 e   tinha por função a realização de operações de crédito — sobretudo de crédito imobiliário —, bem como a gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Era um banco de segunda linha, ou seja, não operava diretamente com o público, atuando por intermédio de bancos privados e/ou públicos, e de agentes promotores, tais como as companhias habitacionais e as companhias de água e esgoto. O banco foi extinto em 1986 e repassado à Caixa Econômica Federal, com um passivo monstruoso.

Com uma rapidez incrível, blocos e mais blocos estão sendo construídos, ficam prontos e os compradores não aparecem. As famílias estão gastando o que não pode pagar e estão construindo para quem não pode comprar...

 Os consumidores brasileiros comprometem uma fatia maior de sua renda com dívidas do que os americanos,  informa reportagem de Mariana Carneiro, publicada na Folha desta quarta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Os brasileiros gastam hoje 22% do que ganham com o pagamento de empréstimos e outros tipos de financiamento, de acordo com o Banco Central. Os americanos comprometem cerca de 16% de sua renda com dívidas.
Nos Estados Unidos, o desemprego e a contração na oferta de crédito, efeitos da crise iniciada em 2008, fizeram o peso das dívidas no orçamento das famílias diminuir nos últimos anos. No Brasil, ocorreu o oposto. Fonte: Folha de São Paulo de 10/01/12
A respeito, informa a jornalista CAROLINA MATOS:
“Dados do Banco Central mostram que, nos últimos cinco anos, o número de brasileiros com dívidas superiores a R$ 5 mil, considerando todos os tipos de empréstimo, saltou de 10 milhões para 25,7 milhões.
Mas esse total pode ser muito maior, já que não considera os cidadãos que não têm conta em banco -- cerca de metade da população.
Na avaliação da Serasa Experian, diante da falta de informações sobre o perfil das dívidas das famílias, e da capacidade de pagamento, o Brasil corre sério risco de enfrentar um cenário de superendividamento.
A preocupação é a seguinte: embora muitos dos consumidores que devem mais de R$ 5 mil possam ter esse valor dentro do seu limite de crédito, outros tantos já estão mais endividados do que poderiam e, portanto, com alta probabilidade de inadimplência”.

                            DÍVIDA X RENDA
Hoje, o volume de dívidas dos brasileiros corresponde a 39,1% da renda, de acordo com o Banco Central.
E uma parcela de 23,8% fica comprometida mensalmente com o pagamento dos débitos existentes. Sem detalhes sobre a qualidade das dívidas, esses percentuais já preocupam, na avaliação da Serasa.
Nos EUA, com juros muito baixos, 17% da renda fica comprometida com pagamento de débitos. E o volume de dívidas dos americanos chega a 128% da renda.
Lembrando que, tanto no Brasil quanto nos EUA, os números referentes a financiamento imobiliário entram nessa conta.
Mas, no mercado doméstico, esse tipo de crédito é só 3,5% do PIB. Já no americano, é mais de 100%. A Serasa aponta risco de superendividamento; 39% da renda no Brasil vão para dívidas

                          "CRISES INEVITÁVEIS"
Pedro Paulo Silveira, diretor da Gradual Investimentos, diz que as crises de crédito são "inevitáveis" no mundo todo, fazendo parte do "ciclo econômico capitalista".
"Quando a economia vai bem, ter uma dívida de R$ 1.000 pode não significar nada para um cidadão. Mas se a economia passa a ir mal e a pessoa perde o emprego, esse endividamento se torna um problema para ela", diz.
Mas Silveira acredita que o Brasil deva continuar crescendo a taxas elevadas nos próximos quatro anos, com aumento da classe média e possibilidade de expansão dos empréstimos.
O crédito pessoal para consumo disparou no país desde 2002. Passou de 5,1% do PIB (Produto Interno Bruto) naquele ano para 15,2% do PIB em agosto de 2010, ainda segundo dados do BC.
Com o aumento, esse segmento de empréstimos, que exclui o crédito imobiliário, já atinge nível próximo ao dos EUA, de 16,6% do PIB em agosto de 2010.
Alexandre Andrade, economista da Tendências Consultoria, também acredita que a expansão da renda dos brasileiros comporta o endividamento.
"Além do mais, os segmentos de crédito que mais têm crescido são os que oferecem as melhores garantias aos bancos em caso de inadimplência: financiamento de automóveis, imóveis e crédito consignado", diz.
"E é importante destacar que, no passado, carro e casa própria eram bens que apenas uma parcela reduzida da população tinha acesso", completa Andrade.
  
                        A dívida interna já passa dos R$ 1,4 trilões. E a previsão de pagamento de juros para 2008 é de R$ 180 bilhões. Os banqueiros nunca ganharam tanto na história do Brasil como nesse governo. Os bancos brasileiros são os que mais ganham dinheiro no mundo, porque o Brasil é o campeão mundial de juros. Por isso Olavo Setúbal, presidente do Itaú, dá nota 10 para o governo Lula..
                        Reflitam com esses números da reportagem da jornalista Juliana Rocha da Folha de São, em 22/06/08: “O volume de financiamentos consignados atingiu R$ 67,5.  O financiamento, principalmente de automóveis, não é a única preocupação do BC em torno das operações de crédito de pessoas físicas. O alerta está aceso também para o aumento do endividamento das famílias”.
“Junto com a expansão do crédito no país, que já chegou a R$ 1 trilhão, cresce o número de clientes de banco com dívidas altas. O Sistema de Informações de Crédito do BC, conhecido pela sigla SCR, mostra que, em fevereiro deste ano, 15,6 milhões de pessoas tinham dívidas acima de R$ 5.000.
Na comparação com dezembro de 2005, quando eram 10,6 milhões os clientes de bancos com dívida maior de R$ 5.000, houve um crescimento de 47,17%. Em relação a junho do ano passado, quando 13,5 milhões estavam nessa situação, houve uma alta de 15,6%.
Os dados do Banco Central mostram que a dívida das pessoas físicas com os bancos somava R$ 442,4 bilhões em fevereiro deste ano, dos quais R$ 146 bilhões (33%) tinham prazo de vencimento em até 180 dias e R$ 74,7 bilhões (16,8%) venciam em até 360 dias.
Além dos 15,6 milhões de pessoas com dívidas acima de R$ 5.000, o SCR registra, sem detalhamento por operação, todos os financiamentos. Hoje, o universo de clientes com alguma dívida, mesmo que pequena, é de 80 milhões.
Os bancos e financeiras têm acesso a essas informações. O sistema do BC serve não só para a autoridade monetária acompanhar o risco do sistema de crédito, mas também para os bancos avaliarem o risco da concessão de empréstimos para clientes que têm operações em outras instituições.
Na média, cada cliente tem três dívidas diferentes. Ou seja, além de financiar a casa e o carro, a maioria das pessoas com dívidas altas faz outra operação de crédito, como o consignado, um empréstimo pessoal ou o uso do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito.
Segundo o chefe do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão da Informação do Banco Central, Cornélio Pimentel, a entidade não faz cruzamento do tamanho da dívida das famílias com o rendimento familiar médio. Mas ele afirma acreditar que o orçamento familiar disponível para pagar financiamentos está próximo do limite.
Mesmo sem o cruzamento com o rendimento familiar, chama a atenção o crescimento de 30,4% nos últimos 12 meses até fevereiro do uso do rotativo do cartão de crédito, ou seja, quando o consumidor não paga o valor total da fatura no mês. Essa modalidade de dívida, que atingiu volume de R$ 15,9 bilhões entre pessoas físicas, aparece em segundo lugar na lista de financiamentos com maior taxa de crescimento no último ano. Os juros do cartão de crédito, com os do cheque especial, são apontados como os mais altos do mercado e são usados por pessoas que não têm mais como pagar as dívidas.
As operações listadas no SCR mostram que, nos últimos 12 meses até fevereiro, houve crescimento de 24,1% no volume de financiamento de automóveis e de 25% do crédito para a compra da casa própria. O crédito consignado aparece em primeiro lugar, com 31,9%, no ranking dos empréstimos que mais crescem..
Pimentel afirma que 95% dos clientes cadastrados no SCR são adimplentes, ou seja, pagam em dia as suas obrigações. Mas é informação confidencial no Banco Central o risco apresentado pelos clientes em cada faixa de endividamento”, conclui a jornalista Juliana Rocha da Folha.

(*)Theodiano Bastos é escritor, autor dos livros: O Triunfo das Idéias, A Procura do Destino e coletâneas e é presidente da ONG CEPA – Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, em Vitória – ES (www.proex.ufes.br/cepa).


domingo, 8 de janeiro de 2012

ALÔ MUNDO! MANGUINHOS, SERRA/ES - BRASIL

          ALÔ MUNDO!
MANGUINHOS, SERRA/ES BRASIL

 Quando ser neutro significa ser cúmplice:

Martim Luther King, em 1964:
“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons” e Edmund Burke também diz: 'Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam'. 




                  ***
Alô Mundo: Biólogos capixabas do IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente do ES, da Secretaria de Meio Ambiente da Serra-ES e da empresa contratada para elaborar o projeto, cuja denominação social não se sabe, pois tudo é obscuro,  acabam de descobrir que derrubando das orlas marítimas as árvores exóticas, tais como casuarinas, castanheiras (essa foi demonizada), palmeiras e coqueiros. Não há engano não, até os coqueiros devem ser eliminados do litoral e plantar sobre a areia as seguintes espécies:  ipomoea (branca e roxa), canavalia (o leitor sabe que árvores  são  essas?, também não sei. Com todo respeito.), feijão da praia (é isso mesmo, feijão da praia) e aroeira para conter a erosão provocada pelo avanço do mar, decorrente do aquecimento global.
Esses créditos devem ser concedidos a essas instituições.
E nos locais onde as 12 árvores foram derrubadas em 01/12/11, foram substituídas por placas com fotos tiradas da Internet como se fosse o “Jardim do Éden” bíblicos... as demais deverão ser derrubadas dentro de três anos, conforme projeto de remanejamento.

Para os adeptos da “pureza arbórea”, a praia das Castanheiras, nacionalmente conhecida em Guarapari, teria de mudar de nome, pois as castanheiras teriam de ser erradicadas, porque é árvore exótica.


Também Coqueiral de Aracruz e coqueiral de Itaparica também teriam de mudar de nome com a eliminação dos coqueiros, E POR AÍ VAI...!

Já pensaram o litoral brasileiro sem coqueiros e as sombras generosas das castanheiras?   
Não acreditando nessa sandice que envergonhará o Espírito Santo perante o Brasil e o mundo, o CEPA – Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, instituição que atua em parceria com a UFES (vide www.proex.ufes.br/cepa) entrou com representação junto ao Ministério Público Federal – MPF-ES,  porquanto a orla é terreno de Marinha e patrimônio da União e MPES -  Ministério Público do Esp. Santo, para que abram investigações.
Também solicitou pareceres técnicos aos professores-doutores do DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL – ENF - CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS/UFES ALEGRE/ES e da ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL DO IFES – Vitória


                           ***
“Apesar de encontrarem há muitos anos nas praias do litoral brasileiro , as castanheiras, coqueiros, palmeiras e casuarinas são consideradas espécies invasoras e exóticas pois destroem as plantas do nosso ambiente natural”, dizem os iluminados biólogos da Secretaria de Meio Ambiente da Serra e do IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente do ES, acabam de descobrir como conter o avanço das marés no mundo: derrubar todas as árvores e plantar sobre a areia as seguintes espécies:  ipomoea (branca e roxa), feijão da praia, canavalia ( o leitor sabe que árvores  são  essas?, também não sei. Com todo respeito.) e aroeira para conter o avanço do mar.
O esguicho de uma simples mangueira de molhar jardim, de meia polegada, derruba toda vegetação que estiver sobre a areia, quanto mais a terrível força da maré...
Os ecoloucos, ecochatos, ecoxiitas e ecoespertos tomaram conta de Manguinhos através da presidente da Associação de Moradores e em 01/12/11 começaram a derrubada das castanheiras, casuarina, coqueiros e as palmeiras na orla marítima do balneário, porque são árvores exóticas... Doze árvores foram derrubadas.
 Esquecem que a manga veio da índia, o café da África, abacate do México, uva da Europa, a cana de açúcar veio da Ásia e foi trazida pelos portugueses, o coco veio da Índia e por aí vai. Só vai sobrar a joboticaba! 
                                         ***

Há um equívoco muito grande;  porque não está havendo avanço do mar nessa área.
Isso acontece bem mais adiante, quase em frente ao vagão. A erosão já chegou a menos de 2m frente a casa da Família da Dra. Etelvina Abreu do Valle Ribeiro, escrivã do Cartório da  do 1º Ofício 2ª Zona da Serra  e das casas vizinhas. 


E tanto isso é verdade que
quando Renato Casagrande, atual governador do Estado do Espírito Santo era secretário de Meio Ambiente da Serra/ES, quando do primeiro mandato de Sérgio Vidigal como prefeito, foi feito um sério estudo para contenção do avanço do mar na área bem acima de onde ficam os quiosques. O estudo apresentava três alternativas e existem três cópias: Uma na Secretaria de Meio Ambiente da Serra, uma na UFES e outra no Ministério do Meio Ambiente em Brasília. MAS CONTINUA NA GAVETA ATÉ HOJE.

O Brasil possui 7.367 km de litoral. São belas paisagens e praias de norte a sul do país. E o litoral é um dos principais destinos turísticos para quem visita o Brasil  e tudo isso está ameaçado caso o que fazem em Manguinhos prospere e sirva de exemplo.


Por isso o morador João Gama Disse:
Alô Theodiano,
Esses biólogos precisam ser estudados como espécimes raras..Tem que trancafiar e jogar a chave fora... Gosto muito da tua luta; continue.
Tem o meu apoio.

É com espanto que assisto o absurdo que esta sendo feito em Manguinhos,
Meia dúzia de pessoas, movidos sabe-se la por quais interesses, decidirem por cortar as arvores que ali estão ha tanto tempo, sem o conhecimento da comunidade como um todo.
A AMMAN, sempre envia e-mail, informando das festas, cursos e etc. Fica a pergunta. Porque no caso do corte das arvores, não fomos comunicados.
Infelizmente, não existe limite para o absurdo.

João Pedro Lacourt. Morador de Manguinhos ha 40 anos.
Edson Germano, outro morador DIz: Olá, meu amigo.
 Te vi no jornal em Manguinhos e lhe dou meus parabens e espero que tua ação consiga vetar esta aberração deste povo acabando com o sossego da galera ao invés de procurar um meio de construir postos médicos que funcionem perto das praias e bairros que necessita Acharam mais fácil destruir que construir. É um absurdo que precisa ser colocado nomes de quem está por trás disto para inibir um pouco o avanço.
Valeu e corra atrás mesmo. Todos irão contigo nesta luta.

E Fernando Bettarello, outro morador diz:
Discordo totalmente da opinião da Ieda Gazen Freitas (mentora do grupo que tomou conta da AMMAN a partir de 2008) de que a avaliação dos moradores é voltada para a desestruturação do movimento comunitário. Não concordo com essa generalização. E quando leio isso me causa estranheza essa opinião. O que se quer com isso?
Me parece coisa da época em que não se podia manifestar opinião no Brasil.
E observo que a opinião do Toninho é de que se preserve as castanheiras que não foram cortadas ..." devemos focar nesse momento na preservação do restante que ainda faz da nossa paisagem, muito bonita".

Mas  o balneário de Manguinhos, Serra/ES foi escolhido como cobaia!  Mas não há risco disso dar certo... E assim, em 01/dez/11, dentre diversas árvores derrubadas na orla de Manguinhos, criminosamente derrubaram uma casuarina de mais de 80 anos, linda, frondosa imponente e que era utilizada pelos pescadores como marca para localização dos pesqueiros onde o autor desse blog deitava-se de costas nos finais das tardes para desfrutar da brisa do mar, do som da maré  e olhando  para o Céu,  e os Vândalos derrubaram esse árvore.

Esse mesmo grupo de iluminados biólogos, ideólogos da “pureza arbórea”, encastelados na Secretaria do Meio Ambiente da Serra e no IEMA, pregam, também, a sandice de que a maré está avançando não porque está havendo o aquecimento global, mas porque existem essa árvores exóticas, principalmente as castanheiras, casuarinas e coqueiros  e que se plantando em cima da areia a vegetações nativas, conterá o avanço das marés...  E os contribuintes pagando a esses servidores... E o Esp. Santo corre o risco se ser alvo de galhofa por causa desse loucura. 

Atônito e indignado o signatário desta encontrou na manhã de 01/12/11, um verdadeiro exército de funcionários da Prefeitura de Serra/Secretaria do Meio Ambiente e da empreiteira EMEC, e grande número de veículos, inclusive um para triturar os galhos das árvores em Manguinhos, dando início à derrubada de todas as árvores existentes na orla marítima e assim destruindo o que ainda restava de bucólico no Balneário de Manguinhos.
                    ***
Os moradores estão revoltados ao verem desolados o que fizeram na orla marítima do Balneário.  Com certeza os turistas e visitantes ficarão horrorizados, até uma casuarina de mais de 80 anos foi derrubada e que servia de marcos utilizados pelos pescadores da Colônia para localização dos pesqueiros. E foram criminosamente derrubada!!!

A tristeza e indignação do signatário desta ao presenciar tamanho crime ambiental em Manguinhos é ainda maior, pois acabou de voltar de viagem ao Extremo Sul da Bahia: Ilhéus, Olivença, Itacaré, Camamu, Porto Seguro, Arraial D’Ajuda, Troncoso e entornos, onde impera o respeito ao verde.

Já Manguinhos é um cemitério de tocos de árvores derrubadas pela própria Secretaria de Meio Ambiente do município...

Pois bem, existe encastelada na SEMMA – Secretaria de Meio Ambiente da Serra, como também na SEMA, um grupo de biólogos, que pregam a ideologia da “pureza arbórea” e que pregam a eliminação de todas as árvores exóticas no município da Serra e substituição  por plantas nativas.
E em Manguinhos, na Serra, os ridículos ideólogos da “pureza arbórea” pregam a eliminação de toda a “vegetação exótica”, tais como castanheiras,  casuarinas, palmeiras e até coqueiro. É isto mesmo, amigo, querem erradicar até os coqueiros das praias porque é vegetação exótica...

Constamos que continuam existindo, ainda, as amendoeiras na orla marítima de Jacaraípe e que a prefeitura de Vitória, além de preservar as amendoeiras na orla de Camburi,  cartão postal da cidade, ainda plantou diversas amendoeiras ao longo do Píer de Iemanjá.

Em Guaraparí, por exemplo, não poderia existir a famosa Praia das Castanheiras! 
E o que dizer das belíssimas praias do litoral Sul da Bahia, ilha de Itaparica e de seus bucólicos lugarejos, como Duro, Jaburu, Gamboa, Caixa Prego,  e das orlas marítimas de todo o Nordeste brasileiro?

E os cercamentos, na verdade “curralitos” foram instalados para que os cidadãos não coloquem sombrinhas para se abrigarem do  sol

                            ***
“O Ministério Público Federal, quando da determinação da retirada dos quiosques da orla de Manguinhos e da obra do calçadão, exigiu a elaboração e implantação de um PRAD ( Plano de Recuperação de Áreas Degradadas).
A confusão é tão grande que existem dois TACs, um do MPF e outro do MPES...

A MARCA AMBIENTAL LTDA. foi contratada pela Prefeitura da Serra para elaborar o projeto que por sua vez  subcontratou a empresa da presidente da AMMAN - Associação de Moradores de Manguinhos, cuja denominação social ninguém consegue saber. 
PERGUNTA-SE: 1) QUAL FOI O VALOR DO CONTRATO COM A MARCA AMBIENTAL LTDA.?   
2) Qual é o nome da  “empresa” da presidente da Associação de Moradores de Manguinhos?
3) Qual o valor do repasse da Marca Ambiental para esta "empresa"?
4)  Quanto a empreiteira EMEC recebeu para cortar essas 12 árvores em 01/12/11?
                                    ***                       
E como justificativa do corte das árvores: "E ainda serve de sombra para banhistas que fazem piquenique, churrasco e deixam volumes consideráveis de lixo. Por isso elas foram retiradas das áreas recuperadas. (o destaque é nosso), diz Claudio Denicoli - Secretário Municipal de Meio Ambiente da Serra”

                                               ***
Ao
MPF -  MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL NO ESPÍRITO SANTO
Preliminarmente informa que o CEPA é uma ONG do Bem, que nem conta bancária tem e que nunca recebeu um centavo sequer dos cofres públicos e atua com voluntários em parceria com a UFES – Universidade do Espírito Santo, da qual só recebe apoio logístico, conforme o site: www.proex.ufes.br/cepa
                  1 – Conforme é público e notório, dado a grande repercussão na mídia, principalmente na TV Gazeta e TV Capixaba e nos jornais A TRIBUNA e a GAZETA e na rede social, principalmente FACEBOOK E ORKUT, a execução do TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA assinado em 22 de novembro de 2011 com o Município da Serra, envolvendo o Balneário de Manguinhos, causou enorme comoção na comunidade.
Em 19 de dezembro de 2011 o CEPA – Círculo de Estudo, Pensamento e Ação protocolou denúncia na Procuradoria da República -  MPF- Ministério Público Federal, (PROT. MPF Nº 00026908/2011). Segue resumo da petição:
Ao
MPF -  MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL NO ESPÍRITO SANTO
Ref.: 1 – Pedido de reconsideração do TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA assinado em 22 de novembro de 2011 com o Município da Serra, envolvendo o Balneário de Manguinhos.
2 –  ABRIR A CAIXA PRETA DA ONG “COM MANGUINHOS”, pedindo prestação de contas, atual composição da diretoria, livro de atas e principalmente a relação desta ONG com a Prefeitura Municipal da Serra, MAS QUE NA VERDADE NUNCA EXISTIU UMA ONG “COM MANGUINHOS, mas um empresa privada com fins lucrativos.
Toda a comunidade de Manguinhos foi enganada ao ser informado da existência da ONG “COM MANGUINHOS” e atônito fui informado PELO CARTÓRIO DE REGISTRO DA SERRA de que na verdade o que foi registrado nesse conceituado Cartório não foi uma UNG, MAS UM EMPRESA PRIVADA... VIDE ANEXO:  tttp://www.manguinhos.org.br/pg/3335/instituicoes-locais-com-manguinhos/
Justiça seja feito, esse “esquema” não foi montado por moradores tradicionais de Manguinhos, muito menos pelos moradores nativos, pessoas humildes,  mas bem intencionadas, incapazes de usar de astúcia para enganar a comunidade e levar vantagem.
Tudo isso desgosta uma pessoa idosa, já com 75 anos, e que veio morar em Manguinhos em busca de qualidade de vida.

                    ***
Manguinhos, como se sabe, é uma comunidade muito polêmica, um vespeiro, onde tem mais caciques que índio e como se comprova  pelos e-mails que seguem, há uma indignação muito grande na comunidade,  com os ânimos se acirrando entre os de moradores de Manguinhos : As críticas feitas a gestão da presidente da Associação de moradores, por exemplo, são levadas para o lado pessoal e são tidas como “calúnia” ou desejo de “desestabilização...

                    HERANÇA MALDITA
O toco da Casuarina, de mais de 70 anos, derrubada em 01/12/11, e que até servia de marco para os pescadores localizarem os pesqueiros, foi eleita a HERANÇA MALDITA a ser deixada pela atual diretoria da AMMAN e da ONG fajuta “COM MANGUINHOS”.
Esse grupo que tomou conta da AMMAN em 2008 é acusado pelos moradores nativos de ter promovido a discórdia na comunidade.

            
Quando Renato Casagrande, atual governador do Estado do Espírito Santo, era secretário de Meio Ambiente da Serra/ES, quando do primeiro mandato de Sérgio Vidigal como prefeito, foi feito um sério estudo para contenção do avanço do mar na área bem acima de onde ficam os quiosques. O estudo apresentava três alternativas e existem três cópias: Uma na Secretaria de Meio Ambiente da Serra, uma na UFES e outra no Ministério do Meio Ambiente em Brasília. MAS CONTINUA NA GAVETA ATÉ HOJE.
Quanto custou esse projeto? Por que até hoje não foi executado?
                            ***
TERRENOS DE MARINHA SÃO ENCLAVES,  ZONAS DE EXCLUSÕES NOS MUNICÍPIOS
O Brasil tem 5.565 municípios. A esmagadora maioria tem plena autonomia para governar seu território, o que não ocorre com os municípios que têm orla marítima, como é o caso de Serra/ES, onde o prefeito não manda nada nessas orlas, porquanto são Terrenos de Marinha, do Patrimônio da União, verdadeiros enclaves, “zonas de exclusão” dentro do município.
Não existissem as “zonas de exclusões, os enclaves”, os tais Terrenos de Marinha, nos municípios que têm orla marítima, não teria razão de ser toda essa polêmica no pequeno balneário de Manguinhos.

É uma excrescência do tempo do Império, quando foram criados os Terrenos de Marinha, nas orlas marítimas, Braços de Mar e de rios navegáveis, para defesa, calculados pelo alcance dos canhões quando eram ainda alimentados com bolas de ferro...

E hoje, com mísseis guiados por satélites e que atingem o alvo a milhares de quilômetros de distância, ridicularmente o Brasil ainda mantém essas áreas para defesa do território e infelizmente incluíram na Constituição de 1988, art. 20, inc. IV. 

                            ***
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Noruega, 5
Austrália, 4
Nova Zelândia, 3
Lituânia, 3
Ucrânia, 4
Suíça, 2
Equador, 2
Cuba, 2
Cabo Verde, 2
Letônia, 2
China, 1
República Checa, 1
México, 1
Senegal, 1
Venezuela, 1
Angola, 1